Escândalo nas Escolíadas
(Final do Pólo I - Teatro Aveirense - sexta-feira, dia 22 de maio 2015)
Muitas e variadas decisões do Júri, no mínimo, polémicas e profundamente injustas, originaram chuva de assobios, vaias e apupos contínuos e prolongados, por parte de largas centenas de pessoas presentes na assistência do Teatro Aveirense (haverá no mínimo 500 testemunhas do que lá se passou).
A partir de determinado momento, cada vez que os membros do júri comentavam e pontuavam (não entendemos com que critérios ou conhecimentos específicos, nomeadamente confundindo o Fado de Coimbra com o Fado de Lisboa) as diversas provas realizadas pelos alunos, sujeitavam-se a assobios e apupos contínuos por parte dos alunos, pais, familiares dos concorrentes, professores e funcionários que não concordavam com as estranhas decisões do referido júri. Plateia e Balcão apupavam em uníssono. Esta situação manteve-se ao longo de quase todo o espetáculo, prejudicando o tradicional convívio e confraternização entre as diversas escolas.
Nos anos anteriores vencia quem tivesse que vencer e o mais importante era o momento de cidadania, convívio e as experiências e as vivências proporcionadas aos alunos de todas as escolas. Vencer a qualquer custo e sem olhar a meios não era, nunca foi, o desiderato primordial das Escolíadas.
Que se passou este ano? Quem escolheu estes elementos do júri? Com que critérios? Quem são estes elementos do júri? Porque tomavam decisões e atribuíam pontuações que centenas de pessoas presentes na sala não compreendiam? Quem saberá responder a estas interrogações?
Apesar de todas estas estranhas e lamentáveis circunstâncias, os alunos das diversas escolas estão de parabéns, pois encheram de orgulho os seus pais, os seus familiares, amigos, professores e funcionários, demonstrando que, com esforço e dedicação (ao contrário de muitas pessoas neste País), conseguem atingir níveis de elevada excelência.
Parabéns aos alunos de todas as escolas, pelas belas provas que realizaram! Continuem a aperfeiçoar a vossa personalidade e a vossa cidadania assimilando os valores que regem, ou deveriam reger, a sociedade na qual nos integramos. Esqueçam estes episódios mais infelizes, logo após terem aprendido como não deverão atuar na vossa vida futura.
Podem sempre contar com os vossos pais e com os vossos professores. Mais uma vez parabéns a todos os alunos de todas as escolas!
Com os melhores cumprimentos
Pedro Mota Curto (Diretor do Agrupamento de Escolas Figueira Mar, Figueira da Foz)
Manuel Carlos Esteves da Fonseca (Diretor da Escola Secundária Avelar Brotero, Coimbra)